Isabela Falcon

Quem inventou Constelação Familiar?

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Quem inventou Constelação Familiar não foi Bert Hellinger. Certamente, você deve ter ouvido falar no legado de Hellinger, mas ele não foi o inventor.

Neste artigo, trarei todo o processo de desenvolvimento e as origens que sabemos sobre a constelação familiar. Além disso, trarei também sugestões de leituras sobre o assunto e possibilidades para lhe inspirar a conhecer mais sobre essa técnica terapêutica incrível.

Entenda o porquê quem inventou Constelação Familiar precisa ser esclarecido nessa reflexão essencial sobre o tema.

E quem inventou Constelação Familiar?

A jornada começa na África do Sul com a cultura Zulu e é formatada em uma série de reflexões ocidentais diante a terapia moderna vinculada às experiências da formação psicanalítica de Bert Hellinger.

A Influência da Cultura Zulu

Bert Hellinger, o psicoterapeuta alemão que tornou a Constelação Familiar amplamente reconhecida, viveu por muitos anos na África do Sul, onde foi inspirado pela cultura Zulu. Essa etnia, uma das maiores da região, valoriza enormemente a comunidade e a ancestralidade.

Os zulus acreditam firmemente no “ubuntu”, a filosofia de que a humanidade é interconectada. Essa ideia é semelhante ao fundamento central das Constelações Familiares, que argumenta que todos nós somos moldados, consciente ou inconscientemente, pelos destinos, eventos e comportamentos de nossas famílias.

Portanto, parece que não foi só uma pessoa quem inventou Constelação Familiar, não é mesmo?

Quem são os Zulus?

As comunidades Zulu são um grupo étnico da África do Sul que tem uma rica história e cultura. Aqui estão alguns detalhes interessantes sobre os Zulu:

  1. História e Geografia: Os Zulu são o maior grupo étnico na África do Sul, concentrando-se principalmente na província de KwaZulu-Natal. A nação Zulu foi formada por Shaka Zulu no início do século 19 a partir de clãs menores.
  2. Língua: A língua Zulu (isiZulu) é uma das 11 línguas oficiais da África do Sul e é falada por uma grande parte da população do país.
  3. Cultura e Sociedade: A cultura Zulu é rica em tradições e rituais, muitos dos quais ainda são seguidos hoje. Isso inclui cerimônias de casamento, funerais, rituais de passagem e a celebração anual do Umkhosi Womhlanga (ou Festival das Donzelas). A família e a comunidade desempenham um papel importante na sociedade Zulu.
  4. Religião e Espiritualidade: Muitos Zulus seguem uma forma de espiritualidade ancestral que envolve a veneração dos antepassados. Eles acreditam que os espíritos dos antepassados continuam a ter uma influência sobre os vivos, orientando-os e protegendo-os.
quem inventou constelação familiar entendeu que as leis do amor são a mesma premissa

Quais as familiaridades dos Zulus com a Constelação Familiar?

  1. Respeito pelos ancestrais: Na cultura Zulu, existe uma profunda veneração pelos ancestrais. Eles são considerados membros vivos e ativos da comunidade, capazes de influenciar as vidas dos vivos. Hellinger viu semelhanças entre essa crença e as dinâmicas que observou em sistemas familiares em sua prática terapêutica. Isso inspirou o aspecto das Constelações Familiares que envolve representar membros da família que já faleceram.
  2. Harmonia do grupo: A sociedade Zulu valoriza muito a harmonia e o equilíbrio dentro do grupo. Se alguém na comunidade está em sofrimento, isso é considerado um problema para todos. Hellinger observou que essas dinâmicas também existem nos sistemas familiares e que muitas vezes a dor ou o sofrimento de um indivíduo pode ser um reflexo de uma perturbação na harmonia do sistema familiar como um todo.
  3. Responsabilidade e pertencimento: Na cultura Zulu, cada indivíduo tem um lugar e um papel dentro da comunidade, e há um forte senso de responsabilidade compartilhada. Isso se alinha com a visão de Hellinger de que todos os membros de uma família, mesmo aqueles que foram excluídos ou esquecidos, devem ser reconhecidos e ter seu lugar dentro do sistema familiar.

Hellinger, em seu trabalho com os zulus, percebeu como eles respeitavam e honravam seus antepassados, reconhecendo que cada indivíduo é apenas um elo na longa cadeia da linhagem familiar.

Esta experiência com os zulus foi crucial na formação da dinâmica terapêutica da Constelação Familiar.

Origens na Psicoterapia Familiar Sistêmica

Antes de Bert Hellinger dar forma à Constelação Familiar, a psicoterapia familiar já havia estabelecido sólidos fundamentos no campo da saúde mental. Hellinger foi fortemente influenciado pelo trabalho de Virginia Satir, uma proeminente psicoterapeuta americana conhecida como a “Mãe da Terapia Familiar”.

Será que foi Satir quem inventou Constelação Familiar?

Satir acreditava que a chave para o comportamento de um indivíduo era compreender a dinâmica de sua família. Ela desenvolveu várias técnicas, como a escultura familiar, para revelar essas dinâmicas e ajudar os indivíduos a encontrar soluções para seus problemas.

Hellinger levou as ideias de Satir adiante, incorporando suas próprias experiências e observações. Ele enfatizou a importância dos “emaranhados ocultos” nos sistemas familiares e como esses laços invisíveis podem impactar a vida de uma pessoa.

Esses conceitos tornaram-se os pilares da Constelação Familiar, demonstrando a conexão direta entre a psicoterapia familiar sistêmica e a abordagem de Hellinger.

O Desenvolvimento do Método de Constelação Familiar

As observações e experiências de Hellinger na África do Sul e seu estudo aprofundado da psicoterapia familiar sistêmica culminaram na elaboração de seu próprio método, a Constelação Familiar.

O processo envolve a representação espacial das relações familiares, permitindo que os indivíduos visualizem suas conexões familiares de maneira clara e tangível.

O terapeuta, então, ajuda a iluminar e desembaraçar os emaranhados ocultos dentro do sistema familiar, revelando padrões e dinâmicas que podem estar influenciando negativamente a vida do indivíduo.

Apesar de ser considerado por alguns como não convencional, o método de Constelação Familiar ganhou reconhecimento por sua eficácia em revelar questões subjacentes e ajudar os indivíduos a encontrar resolução e cura.

Quem inventou Constelação Familiar foram todos os terapeutas?

Princípios Fundamentais da Constelação Familiar

Os princípios fundamentais da Constelação Familiar são baseados em três “Leis do Amor“, conforme identificado por Hellinger: pertencimento, hierarquia e equilíbrio.

Pertencimento refere-se ao direito inalienável de cada membro pertencer à sua família; hierarquia diz respeito à ordem de nascimento ou posição dentro da família; e equilíbrio é o dar e receber dentro das relações.

Quando essas ordens são perturbadas, podem surgir dificuldades que se manifestam como problemas de saúde, dificuldades emocionais ou outros problemas de vida.

Através da Constelação Familiar, Hellinger visava ajudar os indivíduos a restabelecer a ordem e encontrar harmonia em seus sistemas familiares.

Perceba que as leis do amor estão diante a cultura Zulu. Novamente, dá para entender que não foi isso que determinou quem inventou Constelação Familiar.

Críticas e Controvérsias da Constelação Familiar

Como acontece com qualquer modalidade terapêutica, a Constelação Familiar não está imune à crítica e controvérsia. Algumas pessoas alegam que o método carece de evidências empíricas suficientes para validar sua eficácia.

Porém, a epigenética está avançando a cada dia e trazendo esclarecimentos incríveis sobre questões que pareciam apenas suposições. Há, biologicamente, uma ligação bastante forte sobre as experiências de indivíduos de gerações anteriores influenciarem seus descendentes.

Quem inventou Constelação Familiar não estava apenas modulando questões vivenciais de culturas esquecidas. Cuidado ao imaginar que tudo é invencionismo.

Outros questionam a capacidade de um facilitador de Constelação Familiar de manipular a dinâmica familiar e as emoções durante as sessões. Escrevi sobre isso em artigos anteriores aqui no blog e isso pode acontecer mesmo diante a falta de ética dos profissionais.

Embora seja difícil atribuir a origem exata dessas ideias a um único indivíduo, muitos terapeutas e pesquisadores nas áreas da psicologia, psiquiatria, psicoterapia e medicina contribuíram para o entendimento de que as relações familiares podem impactar a saúde mental e física dos indivíduos.

Quem inventou Constelação Familiar pensou nisso?

As noções de que problemas de saúde, como a obesidade, podem estar relacionados a questões emocionais, como a falta de amor materno, são exploradas em várias abordagens terapêuticas.

Porém, associar questões de saúde física com relacionamentos familiares é simplificar demais as dinâmicas do sistema familiar, do campo mórfico e das leis do amor. Quem inventou Constelação Familiar não discorreu sobre isso.

O psicanalista Sigmund Freud, por exemplo, foi um dos primeiros a sugerir que as experiências infantis, especialmente as relacionadas aos pais, podem ter implicações significativas para a saúde mental de uma pessoa ao longo de sua vida. Isso pavimentou o caminho para aprofundar o entendimento da ligação entre a saúde mental e física.

No entanto, é importante destacar que, enquanto certas tendências e padrões podem ser observados em alguns casos, a relação entre as dinâmicas familiares e os problemas de saúde é complexa e não deve ser simplificada ou generalizada. Cada indivíduo é único, e suas experiências e circunstâncias podem variar amplamente.

Além disso, é fundamental que tais questões sejam exploradas dentro de um contexto terapêutico profissional e ético.

Quem inventou Constelação Familiar era também responsável

As abordagens contemporâneas, como a terapia familiar sistêmica e a constelação familiar, reconhecem a influência das relações familiares na saúde do indivíduo. Bert Hellinger, o desenvolvedor da terapia de constelação familiar, destacou a importância das relações familiares e do amor em relação à saúde e ao bem-estar.

No entanto, não é apropriado ou ético atribuir a obesidade ou outros problemas de saúde à “falta de amor materno” sem uma compreensão completa e cuidadosa das circunstâncias individuais da pessoa e sem o apoio de um profissional de saúde mental.

Este é um tópico delicado e complexo que requer uma abordagem cuidadosa e profissional.

Aplicação Moderna da Constelação Familiar

A Constelação Familiar, como concebida por Hellinger, tem evoluído ao longo dos anos e encontrou um lugar na prática moderna da psicoterapia. As sessões podem ocorrer individualmente ou em grupos, e as representações podem ser feitas com figuras, objetos ou outras pessoas.

A modalidade é utilizada para tratar uma variedade de questões, desde problemas de relacionamento e dificuldades de saúde mental até traumas e problemas de saúde física.

A Constelação Familiar oferece um caminho único para o autoconhecimento, permitindo que as pessoas enxerguem claramente os padrões e dinâmicas ocultos que podem estar impedindo-as de viver uma vida plena e satisfatória.

Mais do que isso, torna-se prática de vida, tal como qualquer outra maneira de enxergar a vida conforme preceitos filosóficos e ideológicos. Prática de constelar é trazer à tona também o principal legado de Hellinger, ou seja, as leis do amor.

Com isso, podemos compreender que os padrões familiares podem ser quebrados quando há campo de dor em seu sistema familiar.

Não importa quem inventou Constelação Familiar

Hoje em dia entendo que não importa quem inventou Constelação Familiar, pois se tornou um conhecimento para todos.

Quando Hellinger praticou esse conhecimento, dando ordem às coisas, ele trouxe um compartilhamento filosófico já praticado, certamente de outra forma, por muitas gerações de africanos. Neste sentido, dar foco a quem inventou Constelação Familiar é trair o conceito de comunhão.

Hellinger sabia deste ponto. Por isso, trouxe em sua incansável jornada uma prática de ensino também.

Quem inventou Constelação Familiar é nesse momento pouco relevante. Mas, a corrente do bem em prol das leis do amor, isso sim faz a diferença na vida de todos.

Sabe quem inventou Constelação Familiar? Todos nós em nossos sistemas familiares. Um beijo pra você que chegou até aqui em nossa leitura reflexiva.

Quem é Isabela Falcon?

Isabela Falcon é psicanalista, consteladora e psicopedagoga de grande experiência. Já atendeu mais de 1000 clientes e hoje se dedica aos estudos psicanalíticos desenvolvendo a técnica da análise sistêmica.

Com grande experiência e inúmeros atendimentos com terapia psicanalítica, desde o início dos anos 2000, Isabela hoje traz abordagens singulares únicas com a Constelação Familiar como método racional e científico.

Isabela Falcon fala sobre a dificuldade de ter todos os dias um bom dia. Nem sempre é sobre isso e está tudo bem.

Sediada em Curitiba, Isabela Falcon também faz atendimentos em psicanálise e Constelação Familiar Online usando as ferramentas de interação virtual como WhatsApp e google meeting.

Com clientes em muitas partes do Brasil e do mundo, Isabela se torna uma grande referência em Constelações Familiares.

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