Isabela Falcon

Por que sinto rejeição de todos?

É muito sofrido ter esse sentimento de rejeição, por isso tente buscar terapia, constelação familiar, isabela falcon

Rejeição é um sentimento difícil de se enfrentar. No entanto, essa perspectiva negativa pode ser ressignificada para lhe fortalecer e se energizar para usar essa potência de agir a seu favor.

Leia este artigo até o final e compreenderá a melhor forma de refletir sobre essa questão tão importante em sua vida.

O objetivo deste texto é lhe dar melhores esclarecimentos sobre a possibilidade disso ser um problema em sua vida. Entenda que aqui não se trata de um exercício de auto diagnóstico, mas uma motivação para que você busque ajuda se isso estiver lhe atrapalhando de alguma forma.

Todos se sentem como eu me sinto?

Todos nós sentimos que somos rejeitados às vezes. Isso pode acontecer em muitas situações, como quando brigamos com um amigo ou não conseguimos um emprego que queríamos.

Neste texto, vamos falar sobre o que é isso, de onde ela vem e como podemos lidar com ela usando ideias da psicanálise e de outras terapias.

Trata-se de uma experiência emocional dolorosa que todos nós enfrentamos em algum momento de nossas vidas. Pode vir em muitas formas – ser ignorado por um amigo, ser dispensado por um parceiro romântico, não conseguir um emprego que você realmente queria, e assim por diante.

Certamente, isso pode provocar uma série de emoções negativas, incluindo tristeza, raiva, vergonha e, em casos extremos, pode até levar a sentimentos de desespero e depressão.

É muito sofrido ter esse sentimento de rejeição, pois todos temos o direito de pertencer a um grupo

O que é a rejeição?

A rejeição é uma experiência emocional intensa que surge quando nos sentimos excluídos, ignorados ou não aceitos por indivíduos ou grupos. Ela é uma parte inevitável da condição humana, vinculada ao nosso desejo inato de pertencer e ser aceitos pelos outros.

Mas de onde vem a rejeição? Bem, a sensação de rejeição é muitas vezes ligada a um desejo inerente de pertencer. Como seres humanos, somos criaturas sociais – nós desejamos conexões e interações com os outros. Quando sentimos que somos excluídos ou indesejados, isso fere nosso senso de pertencimento, daí o doloroso sentimento de rejeição.

Agora, a psicanálise oferece uma perspectiva interessante sobre a rejeição. Ela sugere que a maneira como lidamos com a rejeição pode ser influenciada por experiências passadas, especialmente aquelas de nossa infância. Por exemplo, se você foi frequentemente rejeitado ou negligenciado por seus pais quando criança, você pode ser mais sensível à rejeição na vida adulta.

A rejeição para a Psicanálise

Os sentimentos de rejeição são muitas vezes enraizados nas primeiras experiências de vida de um indivíduo. Isso geralmente ocorre durante a fase do Complexo de Édipo, por volta dos três aos seis anos de idade.

Durante esse período crítico, a criança começa a desenvolver sentimentos amorosos em relação ao genitor do sexo oposto e ciúmes ou rivalidade em relação ao genitor do mesmo sexo. Como resultado, pode haver sentimentos de rejeição e competição.

Além disso, a teoria do apego de John Bowlby, que se baseia em parte na teoria psicanalítica, sugere que as experiências de rejeição na infância, especialmente por figuras de apego como os pais, podem ter um impacto profundo sobre o sentimento de segurança e autoestima do indivíduo, influenciando suas relações interpessoais ao longo da vida.

Certamente, podemos elaborar mais perspectivas sobre o tema. No entanto, tal percepção pode fugir do objeto que delimitamos no início do texto. Por isso, acabo comprando essa perspectiva porque é muito lógica ante até minha própria formação técnica analítica.

Isso pode estar associado a algum transtorno de personalidade?

Sim, a rejeição pode estar associada a alguns transtornos de personalidade. Vou explicar alguns desses transtornos:

  1. Transtorno de Personalidade Borderline (TPB): Pessoas com TPB muitas vezes têm medo extremo de abandono e rejeição. Elas podem ter reações intensas e emocionais a situações que parecem de rejeição, mesmo que não haja uma rejeição real acontecendo. Também podem ter dificuldades com a autopercepção e lutar contra sentimentos de vazio e baixa autoestima.
  2. Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE): Pessoas com TPE são extremamente sensíveis à rejeição e podem evitar situações sociais ou relacionamentos por medo de serem rejeitadas. Elas tendem a se perceber como socialmente inaptas ou indesejáveis e podem lutar com sentimentos de inadequação.
  3. Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN): Pessoas com TPN podem parecer autoconfiantes e seguras de si, mas na verdade têm um frágil senso de autoestima e podem reagir com raiva ou desdém a críticas ou rejeições percebidas. Este é um mecanismo de defesa para proteger seu frágil ego da sensação de rejeição.
A terapia ou a constelação familiar pode lhe ajudar a enfrentar a rejeição

Como entender que isso se tornou um grande problema?

Trata-se de um sentimento natural que todos nós experimentamos em algum momento. No entanto, pode tornar-se um problema quando começamos a internalizá-la, levando a pensamentos persistentes de inadequação e baixa autoestima.

Aqui estão alguns sinais de que a rejeição pode estar se tornando um problema:

  1. Preocupação obsessiva: Se você está constantemente pensando em incidentes de rejeição, revivendo-os em sua cabeça e se preocupando com futuras situações de rejeição, pode ser um sinal de que a rejeição se tornou um problema.
  2. Evitamento: Se o medo da rejeição está impedindo você de se envolver em atividades sociais, buscar oportunidades ou tentar coisas novas, é provável que a rejeição esteja afetando negativamente sua vida.
  3. Autoestima baixa: Se você está constantemente se criticando, sentindo-se inadequado ou acreditando que não é digno de amor ou sucesso, pode estar sofrendo os efeitos de rejeição internalizada.
  4. Problemas de saúde mental: A rejeição constante pode levar a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtornos alimentares. Se você está experimentando sintomas desses problemas de saúde mental, pode ser um sinal de que a rejeição se tornou um problema sério.
  5. Problemas de relacionamento: Se você está tendo dificuldades em estabelecer ou manter relacionamentos devido ao medo da rejeição, pode ser um sinal de que a rejeição está afetando sua capacidade de se conectar com os outros.

Se você reconhecer alguns desses sinais em sua própria vida, é importante procurar ajuda profissional. Um terapeuta ou conselheiro pode ajudá-lo a entender e lidar com seus sentimentos, melhorando sua autoestima e capacidade de lidar com isso de maneira saudável.

Que problemas uma pessoa pode enfrentar?

Sentimentos crônicos de rejeição podem levar a várias dificuldades na vida de uma pessoa.

  1. Problemas de autoestima: A rejeição pode fazer com que uma pessoa questione o seu valor próprio, levando a sentimentos de inadequação ou baixa autoestima.
  2. Dificuldades de relacionamento: O medo pode impedir que uma pessoa se aproxime dos outros ou desenvolva relações profundas e significativas. Ela pode se tornar muito cautelosa ou evitar completamente situações sociais por medo de ser rejeitada.
  3. Problemas de saúde mental: Sentimentos prolongados de rejeição podem contribuir para condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.
  4. Desempenho reduzido: Em um ambiente de trabalho ou escolar, o medo da rejeição pode impedir que uma pessoa contribua com suas ideias ou assuma riscos, o que pode limitar seu progresso e realização.
  5. Problemas de saúde física: Pesquisas mostram que a rejeição e o isolamento social podem levar a uma variedade de problemas de saúde física, incluindo doenças do coração, pressão alta e um sistema imunológico enfraquecido.

Como enfrentar a rejeição na sua vida?

É evidente que você precisa tomar a decisão de buscar ajuda especializada em saúde mental e emocional. Certamente, uma forma de iniciar esse processo é buscar o contato com um psiquiatra.

O psiquiatra poderá lhe fazer uma bateria de exames para compreender suas composições hormonais. Grande parte de nossa saúde mental é afetada por desequilíbrio hormonal.

Em paralelo a isso, você também pode buscar a ajuda de um processo terapêutico que melhor lhe convém. Eu sempre sugiro a psicanálise. Desta forma, você estará dando um passo importante na mudança de perspectivas.

Brené Brown, em seu livro “A Coragem de Ser Imperfeito“, expressa a ideia de que a vulnerabilidade não se trata de vencer ou perder, mas sim de ter a coragem de se mostrar e ser visto, mesmo quando não temos controle sobre o resultado.

Segundo ela, vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas sim a nossa maior medida de coragem. Essa perspectiva nos convida a encarar a rejeição de maneira diferente, considerando-a uma oportunidade para o fortalecimento pessoal.

Bené Brown

Vulnerabilidade não é vencer ou perder; é ter a coragem de se apresentar e ser visto quando não temos controle sobre o resultado. A vulnerabilidade não é fraqueza; é nossa maior medida de coragem.

Por que a psicanálise como terapia?

A psicanálise, é uma opção eficaz de terapia para pessoas que lidam com isso. Esta forma de terapia se aprofunda nas raízes de seus sentimentos, ajudando você a entender por que se sente rejeitado e como esses sentimentos estão afetando sua vida.

A psicanálise não só ajuda você a reconhecer padrões de pensamento e comportamento que podem estar contribuindo para seus sentimentos de rejeição, mas também fornece ferramentas para lidar com esses sentimentos de maneira mais saudável.

Trabalhando com um psicanalista, você pode explorar experiências passadas que podem ter levado a esses sentimentos, como rejeição na infância ou traumas.

Compreendendo melhor essas experiências e suas emoções, você pode começar a se libertar e a desenvolver um maior senso de autoestima e pertencimento.

A psicanalista Nancy McWilliams, em sua obra “Psychoanalytic Diagnosis: Understanding Personality Structure in the Clinical Process”, destaca como a rejeição pelas pessoas importantes na nossa vida pode reforçar o sentimento de que há algo fundamentalmente inaceitável em nós.

Nanci MacWilliams

A rejeição pelas pessoas importantes na vida de uma pessoa pode reforçar o sentimento de que há algo fundamentalmente inaceitável nela. Se a pessoa que é rejeitada internalizar o julgamento do rejeitador, ela pode se tornar hipersensível à possibilidade de rejeição futura e se comportar de maneiras que inadvertidamente levem à rejeição.
Não se trata de fugir do sentimento de rejeição, mas de compreender que você pode e deve pertencer.

Por que a Análise Sistêmica pode ajudar?

A Análise Sistêmica, muitas vezes aplicada através da Constelação Familiar, pode ser uma abordagem útil para lidar com a rejeição, pois ela ajuda a entender a dinâmica mais ampla que ocorre no sistema familiar, social ou profissional do indivíduo.

A rejeição muitas vezes não é um fenômeno isolado e pode estar ligada a padrões e comportamentos que se repetem ao longo das gerações. Com a Análise Sistêmica, a pessoa pode ganhar insights sobre como esses padrões foram formados e como eles podem ser interrompidos.

A Constelação Familiar, em particular, ajuda a identificar e resolver conflitos intergeracionais e permite que a pessoa veja a dinâmica familiar de uma perspectiva mais ampla. Isso pode levar a um maior entendimento e aceitação de si mesmo e dos outros, o que por sua vez pode aliviar isso.

Além disso, a Análise Sistêmica pode identificar possíveis emaranhados capazes de ser a origem deste sentimento. Afinal de contas, para Bert Hellinger, um dos maiores traumas que uma pessoa pode sentir é a exclusão do sistema familiar.

Caso seja necessário, é importante compreender quais são os padrões familiares envolvidos no sistema do campo de dor. Por isso, uma pessoa não pode ser analisada de forma individual. Ela precisa estar inserida diante seu sistema familiar para dar contexto a tudo.

A Análise Sistêmica é um método próprio meu. Ao logo dos anos, acumulando conhecimento técnico, formações técnicas e experiência técnica, desenvolvi esse método capaz de inserir a pessoa no contexto familiar. A Constelação Familiar não é um exercício de crendice, mas um método fruto de laboratórios de psicanálise interagindo com abordagens da epigenética, heranças transgeracionais e culturas de mediação.,

Conclusão

Em suma, é importante lembrar que todos nós, em algum momento, experimentamos sentimentos de rejeição. Essa é uma parte natural e, por vezes, dolorosa da experiência humana. No entanto, se você achar que os sentimentos de rejeição estão começando a dominar sua vida, saiba que não está sozinho e que ajuda está disponível.

Através da psicanálise, da terapia cognitivo-comportamental, da Constelação Familiar e de outras abordagens terapêuticas, você pode começar a entender melhor esses sentimentos, onde eles se originam, e como você pode começar a curar.

Reconhecer o problema é o primeiro passo importante nesta jornada. Se você está lutando com a rejeição, seja gentil consigo mesmo. É uma jornada, não uma corrida, e cada pequeno passo que você dá em direção à compreensão e aceitação de si mesmo é uma vitória. Não tenha medo de procurar ajuda profissional se precisar. Lembre-se, você é digno de amor e aceitação, não importa o quê.

Quem é Isabela Falcon?

Isabela Falcon é psicanalista, consteladora e psicopedagoga de grande experiência. Já atendeu mais de 1000 clientes e hoje se dedica aos estudos psicanalíticos desenvolvendo a técnica da análise sistêmica.

Com grande experiência e inúmeros atendimentos terapêuticos usando a psicanálise desde o início dos anos 2000, Isabela hoje traz abordagens singulares únicas com a Constelação Familiar terapia como método racional e científico.

Isabela Falcon fala sobre a dificuldade de ter todos os dias um bom dia. Nem sempre é sobre isso e está tudo bem.

Sediada em Curitiba, Isabela Falcon também faz atendimentos em psicanálise e Constelação Familiar Online usando as ferramentas de interação virtual como WhatsApp e google meeting.

Com clientes em muitas partes do Brasil e do mundo, Isabela se torna uma grande referência em Constelações Familiares.

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